Volta do Lintney e Alci

A VOLTA DE MACHU PICCHU PELA BOLÍVIA DO LINTNEY E ALCI
Decidimos voltar para o Brasil. O Lintney por estar cansado de carregar malas e oAlci por estar ansioso de retomar os negócios e para acompanhar o Lintney naimprevista volta pela Bolívia. 11/01/10 ? De La Paz à Cochabamba, foram 379 km. Neste trecho acontece um fato interessante, sobe-se o lado leste da cordilheira dos Andes num frio danado vindo do pacifico, e em poucos quilômetros começa a descer, ai passamos um calor danado,vento quente vindo do interior do continente, vindo do atlântico. Muito interessanteo fenômeno. Cochabamba é uma cidade muito legal, limpa e bem organizada, diferente das demais cidades da Bolívia que conhecemos até agora. 12/01/10 De Cochabamba até Quatro Canhadas passando por Sta. Cruz de La Sierra, percorremos 591 Km. No inicio sob muita neblina, passando por uma serra, estrada ruim, com muitos caminhões e barreiras da polícia e acho que do pessoal do MST boliviano, mas passamos bem. Santa Cruz é uma cidade grande e muito interessante. Durante este percurso, trocamos o óleo das motos na cidade de Montero numa estação de serviço onde fomos muito bem atendidos. Como temos que percorrer um longo caminho e pelo que nos informaram muito ruim com um trecho de + ou - 150 km de chão, decidimos rodar além da Santa Cruz. Erramos o caminho e fomos parar em Quatro Canhadas. Foi a nossa sorte, pois, ficamos sabendo depois que no caminho certo não encontraríamos local para passarmos a noite, e pior, certamente anoiteceríamos no pior trecho da estrada. Ah. Quando fomos dormir, o céu estava estrelado e lindo, pensamos: amanhã será umdia lindo e vai ser fácil passar pela estrada de terra! ? Ledo engano. De madrugadacaiu uma chuva danada, o quarto do Alci ficou alagado e ele passou a noite mudando aposição da cama.13/01/10 ? De Quatro Canhadas até Corumbá, já no nosso querido Brasil. Essa foi amaior aventura da nossa expedição, pois devida a chuva da madrugada, quando retomamos o caminha certo para Corumbá, nos deparamos com uma estrada em construção, aliás, e a empresa brasileira construtora Camargo Correia está construindo essa estrada. Somente com a infraestrutura (base de barro) e com as chuvas, imaginem o que nos enfrentamos, foram 100 km rodando no máximo a 30 km/h., além disso, há algumas barreiras que nos obrigaram a sair do leito original da estrada e seguir pela lateral da estrada, nossas motos deitaram no barro duas vezes. Ah! Mas os últimos 50 km é que foram f....., passando por numa serra, onde a estrada é um carreiro sobre lama e pedras, nem pontes há, passa-se por dentro dos rios. Parao Alci, um bom trilheiro, foi um prato chei, mas o Lintney também não ficou para trás, ficou coberto de lama, pois passava pelos atoleiros com a mão no fundo doacelerador e a XTzona "voava" estalhando lama e agua barrenta para todos os lados (O Alci, claro ficava rindo), porém não caiu e nem atrasou a viagem. Ao final de 4 horas, chegamos à parte já pavimentada da estrada. Agora são 380 km até Corumbá, uma autopista, base de concreto, muito bem sinalizada, e só para nós, pois neste percurso só cruzamos com manadas de gado passeando pela autopista (a melhor estradada Bolívia) que não liga, por enquanto, nada a nada. Quando estiver pronta, vai ser bom para o comércio brasileiro. Chegamos a Corumbá depois de ter percorrido 648 km(150 de trilha (rsrs) ás 19:00, Ah! Que saudade do Brasil.Agora descobrimos porque os motociclistas que passam por este trecho mandam as motosde trem ou de caminhão.14/01/10 ? De Corumbá até Eldorado-MS, foram 845 pelas boas estradas do Mato grosso, apreciando o belo Pantanal, e a lavouras de soja, milho, etc. do nosso maravilhoso Brasil. Esse verdadeiramente é um grande país.15/01/10 ? De Eldorado até Lages, ou melhor, até nossas famílias, foram 831 km, sem cansaço, pois a motivação era grande. Agora estamos ansiosos pela chegada dos nossos amigos Ademar e Pundek, para comemorarmos a Expedição Machu Picchu nas suas duas versões. Retorno pela Bolívia e retorno original pelo Uruguai.